Não esperem de mim os panos quentes,
Nem tampouco aquela vista grossa.
Não ao prato de lentilhas, talvez lentes,
Que sou de examinar o que me coça.
Não tenho paciência com a frescura
Que não seja aquela de uma flor
Mas que pode ser de uma alma pura
Que se esconde do mundo por pudor.
Quero dizer, portanto, que não nego
Que o ser humano pode até ser belo
E quando o é... é visto por um cego.
Minha avó ensinou-me a colher rosas
Como se fora um pacto que selo
Com a beleza das coisas primorosas.
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29/08/2016
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