Tempestade - óleo s/ tela de Guilherme de Faria, 2014
O barco rubro (de Alma Welt)
"Estamos em pleno mar", diz o poeta *
No mais belo e terrível dos poemas.
Mas, creio que o mar que ele desperta
Em mim é a vida e seus dilemas.
Em pleno mar estamos, digo eu
E nosso frágil barco enfrenta as ondas
Como um rubro pequeno Prometeu
Ou com o riso da melhor das giocondas.
Nada nos adiantará no fim do dia
Estaremos todos dormindo na areia
Ou no lado escuro da poesia...
Mas quanta energia o remador!
Nada pode detê-lo, pelo amor
De alguém que o espera para a ceia...
.
20/09/2016
Nota
*"Estamos em pleno mar"... - O primeiro verso do grande poema "O Navio Negreiro", de Castro Alves.
Nenhum comentário:
Postar um comentário