quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Querência (de Alma Welt)

Ainda vago nos prados infinitos
Que me viram guria florescente
Buscando conferir pequenos mitos
Que me espicaçavam docemente

Uma curiosa ternura sem pieguice
Que foi a nascente dos meus versos
Conquanto minha mãe me atribuísse
Propósitos e impulsos mais perversos.

Mas encontrar o amor de meu irmão
Debaixo da árvore da inocência
Foi destino disfarçado de ilusão

E outrossim o esteio de uma vida,
O senso verdadeiro de “querência”,
Que fez de mim esta Alma agradecida.

07/05/2004