No final (de Alma Welt)
No final tudo não passa de esperneio:
Nos debatemos na vida contra a morte
Para manter a esperança em nosso seio
Muito embora conheçamos nossa sorte,
Sempre a mesma, um arremate conhecido,
Sem mudanças visíveis relevantes,
Nossos corpos como pão amanhecido
Logo rígidos e pálidos, destoantes,
Cercados de convivas tão falantes
E algumas ratazanas de velórios
Com tapinhas e consolos merencórios.
Mas só por quem nos amava sem reclamos,
Talvez seremos relembrados como antes,
Alguns que nem ao menos muito amamos...
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14/09/2016
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