terça-feira, 20 de setembro de 2016

A poeta feiticeira (de Alma Welt)

                                     Alma no Pampa - óleo s/ tela de Guilherme de Faria, 2015

A poeta feiticeira (de Alma Welt)

Quando guria eu pensava o mundo plano
Que era o meu pampa de coxilhas,
Mar ondulado, vazio, mas humano
Com os seus peões emersos como ilhas.

Eu vagava, qual cigana ou andarilha
Mas destacava meu cabelo ruivo
Avistado pelos "gáltchos" de uma milha,
Que de longe me saudavam com um uivo.

Entretanto era seguida por um corvo
Que também consolidou a dúbia fama
De poeta feiticeira, que absorvo...

Então o povo pampiano me cultua
Como a princesa branca que ele ama
E que nas noites associa com a lua...

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20/09/2016

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