Às vezes sento na varanda e fico triste
De uma tristeza de imobilizar. *
A cadeira de balanço fica em riste
Pois que nem mesmo a ponho a balançar.
Então minha irmã Lucia chega junto
E faz doces carinhos na minha face
Como se no rosto de um defunto
Que ao seu belo enterro preparasse.
Ela já sabe que não quero palavras...
Não suporto dos consolos a pieguice,
Que nunca os plantei em minhas lavras.
Deixem-me quieta aqui nesta fonteira
Do sonho e da morte. Ah! quem me visse!
Aqui, de um outro mundo na soleira...
.
01/08/2016
Nota
*Alma foi uma vez diagnosticada como bipolar. Mas isso são coisas da modernidade. Alma transcendia esses diagnósticos. Ela vivia no tempo da poesia...
De uma tristeza de imobilizar. *
A cadeira de balanço fica em riste
Pois que nem mesmo a ponho a balançar.
Então minha irmã Lucia chega junto
E faz doces carinhos na minha face
Como se no rosto de um defunto
Que ao seu belo enterro preparasse.
Ela já sabe que não quero palavras...
Não suporto dos consolos a pieguice,
Que nunca os plantei em minhas lavras.
Deixem-me quieta aqui nesta fonteira
Do sonho e da morte. Ah! quem me visse!
Aqui, de um outro mundo na soleira...
.
01/08/2016
Nota
*Alma foi uma vez diagnosticada como bipolar. Mas isso são coisas da modernidade. Alma transcendia esses diagnósticos. Ela vivia no tempo da poesia...
Nenhum comentário:
Postar um comentário