sábado, 27 de agosto de 2016

Punhais lavrados (de Alma Welt)

Quando guria, dos peões me aproximava
E pedia para ver os seus punhais
Que cada um em sua faixa carregava,
Cabo de prata, bainha e tudo mais.

E ficava um momento admirada
Das belezas cinzeladas nos seu cabos
E nas bainhas de prata tão lavrada
De proezas eram eles uns nababos...

Mas um dia ocorreu de eu ver sangue
Numa peleia entre dois daqueles machos
E meu rosto, por sua vez, ficou exangue.

E diante do cadáver de um rapaz,
O primeiro de uma série de despachos,
Proezas, prata e sangue, nunca mais...

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27/08/2016

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