Somos todos crianças vez por outra
Embora para alguns seja o normal.
Conquanto eu mesma nada tenha contra,
Deixei meu brincar lá no quintal.
Não considero meu soneto brincadeira
Mesmo quando escrevo em tom menor
E de forma francamente zombeteira
Mas, reparem, desprovida de rancor.
Então o que te move? Ó Alma, diz!
E eu penso e respondo francamente:
Meu soneto é um rio ou chafariz
Sai de mim como um jorro de minha veia,
E hei de morrer, assim, languidamente
Esvaída quando já ninguém me leia...
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22/08/2016
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