segunda-feira, 15 de agosto de 2016

A coleira (de Alma Welt)

Nascer, viver morrer, dar o sumiço,
E não saber ao menos o sentido,
O patético por trás de tudo isso,
É apelar pra religião ou um partido.

Tomar-se de uma obsessão política,
Quando não simples sexo-amorosa
Perdida pra sempre a veia crítica
E tomar o espinho pela rosa;

Devotar-se ao culto do dinheiro
E trabalhar duro a vida inteira,
Apenas pra cercar teu galinheiro;

Ser cão fiel do teu próprio consumo
Com teu nome gravado na coleira
Caso percas o teu faro e o teu rumo...

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15/08/2016

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