terça-feira, 2 de agosto de 2016

Meio (de Alma Welt)


Nós todos temos nossos medos, afinal.
Se não escrevo um soneto, ai de mim,
Me sinto incompleta e meio mal!
Tudo é "meio", hoje em dia, sem um fim...

Nossos costumes estão meio vulgares
Mas não quero parecer blasée ou snob.
Preciso urgente, talvez, de novos ares,
Já tem gente nisso a fazer lobby...

Há uma amiga que a Paris me convidou
Pra ficar em sua casa e ver o Louvre
E eu, medrosa, meio assim: vou e não vou...

A fim de dar-me rima ou incentivo
Ela diz: "Ouvre ta porte! Allons nous, ouvre!
Eu sorrio, meio assim... vivo, não vivo...

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29/07/2016

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