terça-feira, 12 de setembro de 2017

                                                   "El sueño de la razón produces monstruos"- gravura de Goya

Sin el sueño de la razón (de Alma Welt)

Nesta manhã levantei-me do meu leito
Com uma estranha esperança no futuro,
Eu, que poucas ilusões trago no peito,
Que de toda embarcação enxergo o furo.

Bem sei que quem se impõe é a Natura,
Malgrado nós e nossa tola presunção
De afetar sua lei mais forte e pura
Que amiúde se apresenta em furacão.

E a Deus agradeci minha lucidez
Que me faz amar o mundo sem condão,
Sem abóbora e cristal como calçado.

Assim pensei antes de por o pé no chão,
Clara e desperta, tal como Deus me fez
Tendo o Sonho da Razão bem afastado...

.
12/09/2017

Nenhum comentário: