Senhor, peço, preservai minha poesia
Que me destes e que vem toda do anjo,
E que pouco recorre à fantasia,
Verdadeira que é e a qual esbanjo.
Já não falo de fadas fazem anos,
E conquanto sejam vossas criaturas
Colocavam sobre a vida quentes panos
E a dor minimizavam, mas sem curas.
Então chamei o anjo que me destes
E fiz com ele precioso novo pacto
Quando a um com a loucura estava prestes...
Eis-me pois, Senhor, por ele ungida
Como vossa cavaleira em novo trato
E com cota e burel com a cruz vestida...
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05/08/2017
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