Vão-se os anéis, talvez os dedos,
Crescem as orelhas, não a oitiva;
Vão-se os belos dentes, só gengiva,
Vai-se a audácia, restam medos.
As calças necessitam suspensórios,
Porcarias a mente cria e ceva;
Somos passageiros compulsórios,
Alado, só o mau Tempo nos leva...
O Destino... são favas contadas
E ninguém foge à sua contagem,
Embora camuflemos as fachadas:
Olhamos no espelho e outros somos,
Não reconheço a árvore só os pomos,
Nem por isso escapamos à voragem...
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22/12/2016
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