Tolos navegamos sem um rumo,
Somos todos barcos tontos à deriva,
Um capitão insiste em soltar fumo
Pondo lenha na caldeira primitiva,
Outro alça velas rotas bujarronas
No ar parado que é a nossa maldição;
Um terceiro queima óleos de mamonas
Numa máquina banal de combustão...
Nós, massa tripulante desgraçada,
Com o nosso mascote gato preto
Mal afastamos do porto de largada
Acabamos remando sob o açoite
Das leis e das emendas sem soneto,
Enquanto adentramos densa noite...
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07/12/2016
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