terça-feira, 1 de maio de 2012



Espectros da Noite - desenho de Guilherme de Faria, 1964

Os Últimos Espectros (de Alma Welt)
Espectros ignotos vêm surgindo
Nas noites frias do vetusto casarão
Mas nem destes não me verão fugindo
Meus leitores, que não me abandonarão
Até o fim, na saga a que os prendi
Dois mil sonetos atrás, e tantos anos
A seguir a louca Alma nos seus planos:
Acompanharem meu destino, que cumpri.
Bá! Assim ludibriei minha solidão
Contando cada lance e pensamento,
Toda uma vida de interpolação
Votada à Beleza e à Poesia
Partindo da alegria e do tormento
Co’a mesma isenção que em mim os via.

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