A Cavalgada - desenho de Guilherme de Faria, 1962
A Cavalgada (de Alma Welt)
Aqui, de noite começa a cavalgada,
A vejo, silhuetas contra a lua,
Grotesco cavaleiro, bruxa nua,
Feiticeiras e demônios da calada...
“Como podes, Alma, com isso conviver,
Tu, que o lado escuro abominas,
Se a tua alma arriscas só de ver
Essas sombras que emergem das ravinas?”
Minha alma é pura, nada temo
E a luz, Senhor, eu a amo, bem sabeis,
Negócios jamais tenho com o Demo.
Mas curiosa e temerária me fizestes
E posso me orgulhar perante os reis,
Que a força dos humildes já me destes...
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