A Mulher do Baloneiro (de Alma Welt)
Sonhei que fui mulher de um baloneiro
Que desceu de nuvens áureas sobre mim
E convidou-me a ir ao nevoeiro
Num vôo cego surdo mudo e sem fim.
Eu então me perguntei qual o motivo
Que leva o frágil coração a perseguir
Outro sonho, engendrado por um divo,
Quando tem destino próprio pra cumprir.
E voltei à varanda sobre o prado
Onde passo quase o tempo inteiro
A procurar de mim meu outro lado...
E vi então que nós, seres de esperas,
Somos presas de um sonho estrangeiro,
Navegantes de balões e de quimeras...
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