O grito -xilogravura de Edvard Munch
Viver é um improviso (de Alma Welt)
Viver é um improviso dia a dia
Malgrado os nossos pequenos rituais,
As abluções mesquinhas matinais,
O café da manhã na padaria
Com manteiga o pão na chapa, de barquinha,
A média muitas vezes requentada,
Dois dedos de prosa na calçada,
Sempre a mesma e sonsa ladainha.
Então, Alma, onde está o improviso?
Espere, amigo, ele vem sim, e sem aviso:
Uma notícia inusitada e sem horário
Que contenha a tua face e o teu grito
Ao abrires o jornal no obituário
Com teu nome em caixa alta ou só negrito...
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20/10/2016
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