terça-feira, 4 de outubro de 2016

Através do meu espelho (de Alma Welt)



Através do meu espelho (de Alma Welt)

Jamais direi a alguém o que é a vida,
Somente sobre a minha quis fazê-lo
E se nela eu puder botar meu selo
Sem ser presunçosa ou presumida.

Alguns dizem: faça isso, faça aquilo...
Por que apontas caminhos, prepotente?
A beleza não tem braços e é eloquente
A julgar pela imortal Vênus de Milo...

Se eu puder falar de mim sem intenções
Que não sejam a de tocar os corações
Sem qualquer autopiedade e sem pieguice

E sendo apenas eu, já serei tudo
Para uns, por um segundo, não me iludo,
Através de meu espelho, como Alice...

.
03/10/2016

Nenhum comentário: