segunda-feira, 10 de outubro de 2016

O Livro-Caixa (de Alma Welt)

Suspeito que terei muitas saudades
Quando afinal fechar esta bodega.
Se a morte é o balanço das idades
Quanto mais se vive mais se apega.

Há quem diga que é justo o contrário
E que pouco sabemos desta vida
E estamos aqui como um notário
Anotando nossa entrada e a saída

No misterioso livro-caixa do Patrão
Que não nos diz a que vem isso,
Qual o comércio, afinal, qual a razão.

Estarei a vender gato por lebre?
Vendi queijo de Minas pra suiço?
A firma é devedora, talvez quebre...


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10/10/2016

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