A quem afinal estou enganando?
Minhas questões fatais são as de todos:
Não sei onde, como e quando
Deixarei de ser voltando aos lodos.
Que coisas tenho eu, pois, a dizer?
Nada a declarar nesta alfândega,
Depois de tanto medo do não-ser
E por isso tentar viver à pândega.
Pobres de nós, crianças do destino
Que herdamos a maldita consciência
Que antecipa toda vela e todo sino.
Eu quisera ser a boba das estrelas
Que sorri ao mundo sem ciência,
Perseguindo os vaga-lumes para vê-las...
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09/10/2016
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