Que lindos olhos têm nossos amores!
Nós os vestimos com nossos padrões,
Sempre lhes atribuindo nossas cores,
Quase sempre de nossas invenções.
Mas é então que "quebramos nossa cara"
Como diz a plebe rude e ignara
Quando o outro sacode o nosso jugo
Fazendo, inesperado, aquele expurgo
Quando grita: "Não sou o que tu pensas!
Teu doce olhar contém um certo medo,
Me queres moldar às tuas expensas,
E só me queres de terno e de gravata,
Nos atribuis por certo um grande enredo,
Nunca fui filho de cisne, mas de pata..."
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17/08/2020
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