segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Nova História do Patinho Feio (de Alma Welt)

Que lindos olhos têm nossos amores!
Nós os vestimos com nossos padrões,
Sempre lhes atribuindo nossas cores,
Quase sempre de nossas invenções.

Mas é então que "quebramos nossa cara"
Como diz a plebe rude e ignara
Quando o outro sacode o nosso jugo
Fazendo, inesperado, aquele expurgo

Quando grita: "Não sou o que tu pensas!
Teu doce olhar contém um certo medo,
Me queres moldar às tuas expensas,

E só me queres de terno e de gravata,
Nos atribuis por certo um grande enredo,
Nunca fui filho de cisne, mas de pata..."

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17/08/2020

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