Ofertar ao mundo leigo minha alma
Antes de entregá-la ao meu Senhor,
Blasfêmia talvez seja, dou a palma
Ao que disse uma vez meu confessor.
Abrir o peito, louca, em confissão
De estarrecer ou mesmo de encantar,
Quanta temeridade ou presunção
Da guria que a mãe bem quis calar!
Pelo Homem decidi, tomei as dores,
Isto é, da humanidade injustiçada,
E alcei a minha voz fraca e rimada.
Temos o Amor, tantos amores
Que o Anjo se esqueceu de nos tirar...
Desde então como pode nos culpar?
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12/02/2017
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