Absinto- Edgar Degas
A Fada Verde * (de Alma Welt)
Senhor Deus, livrai-me da amargura,
Aquela mesma dos poetas dos Cafés,
Ou dos mestres menores da pintura
Que escondiam haxixe em seus bonés;
Outros grandes, repletos de absinto,
Todos os que a Fada Verde amavam
E cujo desespero ainda sinto
Tão longe da Paris aonde estavam...
Sou poeta de outro tempo e espaço
De outros longes tenho a vista plena,
Da coxilha meus poentes, não do Sena.
Entretanto como eles me desfaço,
Diante da solidão e tanta sede,
De mim mesma minha pobre fada verde...
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06/02/2017
Nota
*Fada Verde - O absinto foi especialmente popular na França, sobretudo pela ligação aos artistas parisienses de finais do século XIX e princípios do século XX, até a sua proibição em 1915, tendo ganhado alguma popularidade com a sua legalização em vários países. É também conhecido popularmente de fada verde (la fée verte) em virtude de um suposto efeito alucinógeno. Charles Baudelaire, Paul Verlaine, Arthur Rimbaud, Van Gogh, Oscar Wilde, Henri de Toulouse-Lautrec, Edgar Allan Poe e Aleister Crowley eram adeptos da fada verde. (Wikipedia)
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