O Pranto de Alma Welt -óleo s tela, de Guilherme de Faria,
(2006, 80x100cm)
(2006, 80x100cm)
O Vale de Lágrimas (de Alma Welt)
Uma vez, era guria, bem me lembro
Queixei-me por sentir-me injustiçada,
Não sei porquê mas devia ser Setembro,
E eu queria, acho, só ser abraçada...
Mas minha mãe, a Mutti, a Açoriana,
Me disse com tristeza verdadeira:
“Filha, a vida nos promete e nos engana
É purgatório, inferno, como queira,”
“De um vale de lágrimas não passa,
Cada um chore as suas e se cale...
Que querias? Ser feliz, assim, de graça?”
Mãe, conseguiste, resolvi virar a mesa.
Jurei desde então, nem que me rale,
Sair sozinha desse vale da tristeza...
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