Catavento da torre da Igreja Matriz
de São João de Lourosa, Viseu, Beira Alta, Portugal
A Obra (de Alma Welt)
E mais se nos propomos uma obra,
O que torna nossa alma dividida
E sempre a trocar peles como cobra.
A cada obra nascemos e morremos
E passamos momentos carne-viva,
E é quando mais sentimos e sofremos
Ou nos fechamos qual frágil sensitiva...
Báh! Por certo há também os indolentes
A quem respeito um tal desprendimento,
Se forem puros, claros, inocentes,
Já que aqueles a quem basta só viver
Sem o verso, a torre, o cata-vento,
Têm a obra toda neles sem saber...
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