E a vida ante meus olhos flui e corre
Como, dizem, ao moribundo ocorre
No espantoso e último segundo...
E o mundo começa a tomar forma
Numa espécie de gênese modesta
No ventre da mulher que, simples, gesta
À espera do trem na plataforma...
Mas enquanto espero que o trem passe
Continuo a criar o meu cenário
De um pequeno universo rico e vário,
A esperar que configure uma visão
Que, se não revelar-me a Grande Face,
Deixe ao menos ver dos anjos o roldão...
.
29/01/2022
Nenhum comentário:
Postar um comentário