terça-feira, 23 de maio de 2017

Tempos difíceis (de Alma Welt)

Nosso barco está fazendo água
E nosso poço está seco como o pó;
Nosso vinho está amargo como mágoa
E nosso farto chimarrão dá pra um só...

Poeira até onde a vista alcança
E a cadeira de balanço está quebrada
Mas de balançar a gente cansa
E o tédio nunca foi de minha alçada.

São tempos difíceis, de propina,
Nossa humanidade cambaleia
Mareada em terra-firme de baleia

Encalhados que estamos sem batel
Em cascalho, enquanto o Mal refina
Seus favoritos e os seus favos de fel...

.
23/05/2017

Nenhum comentário: