Nosso barco está fazendo água
E nosso poço está seco como o pó;
Nosso vinho está amargo como mágoa
E nosso farto chimarrão dá pra um só...
Poeira até onde a vista alcança
E a cadeira de balanço está quebrada
Mas de balançar a gente cansa
E o tédio nunca foi de minha alçada.
São tempos difíceis, de propina,
Nossa humanidade cambaleia
Mareada em terra-firme de baleia
Encalhados que estamos sem batel
Em cascalho, enquanto o Mal refina
Seus favoritos e os seus favos de fel...
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23/05/2017
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