O Tempo que nos cabe é o presente,
Fugidio como peixe ensaboado
Que escapa-nos dos dedos de repente
E ficamos para ele no passado.
Ele deixa-nos pra trás sem mais delongas
Sonhando com o tempo do Afonsinho
De gregárias calendas de milongas
Num qualquer saudoso Bar do Minho.
Onde um luso de bigodes como um muro
Servindo pinga e não água corrente
A nossa boemia fomentava...
E como éramos felizes no presente
Daquele tempo repleto de futuro,
A sonhar com quase tudo que calhava!
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04/05/2017
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