Agradecida ao mundo e ao destino
Por tantos privilégios de nascença,
Percebo um território muito fino
Entre minha fé e a descrença.
Senhor, não me leve tão a sério.
É coisa de poeta entediado
Se minha alma corrompe o teu Império,
Flores do mal colhendo em pleno prado.
Quem sou eu pra questionar a Lei
Se a morte é tua suprema decisão
Para o homem e toda a sua grei?
Ficarei, então, quietinha doravante,
Sem mais fazer marola ou confusão.
Sou aquela da esquerda, ali, adiante...
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23/11/2016
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