quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Lambe-Lambe (de Alma Welt)

                                                     Lambe-lambe e Leila Diniz

Lambe-Lambe (de Alma Welt)

Morremos um pouco a cada morte
Dos bons que incorporamos porventura
Mas também de alguns de menor porte,
Um vizinho ou uma doce criatura

Que cruzava conosco na calçada
Com um bom dia, boa tarde, como vais,
Fazendo comentários sobre nada,
Em geral o tempo, a chuva, nada mais...

Lembraremos de todos, num segundo,
Dos que passaram por nós gratuitamente
Só por fazerem parte deste mundo.

Sua comum humanidade nos foi grata,
Sob um pano preto em nossa mente,
Lambe-lambe que, a vida só, retrata...

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17/11/2016

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