Quantas vezes vejo o horror do mundo,
E somente o vejo assim e nada mais.
E então não há como ir mais fundo
Menos ainda como, assim, voltar atrás...
E grito para o mundo: És pestilento!
Tua bela natureza mal consola!
És, isto sim, como o tal pão bolorento
Que por fora ainda é bela viola...
E corro, e me debato, ergo o punho,
Me revolto contra o nosso pobre Deus
Que permite a confusão que testemunho.
Então, de repente, há uma virada,
E como os mais dúbios servos Seus,
Digo: "Perdão, meu Deus: Não falei nada!"
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04/11/2016
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