sexta-feira, 4 de novembro de 2016

O horror do mundo (de Alma Welt)

Quantas vezes vejo o horror do mundo,
E somente o vejo assim e nada mais.
E então não há como ir mais fundo
Menos ainda como, assim, voltar atrás...

E grito para o mundo: És pestilento!
Tua bela natureza mal consola!
És, isto sim, como o tal pão bolorento
Que por fora ainda é bela viola...

E corro, e me debato, ergo o punho,
Me revolto contra o nosso pobre Deus
Que permite a confusão que testemunho.

Então, de repente, há uma virada,
E como os mais dúbios servos Seus,
Digo: "Perdão, meu Deus: Não falei nada!"

.
04/11/2016

Nenhum comentário: