domingo, 30 de dezembro de 2012

Soneto à moda antiga (de Alma Welt)



                 Frigga, deusa tecelã da mitologia germânica (ilustração de autor desconhecido)

Soneto à moda antiga (de Alma Welt) 

Como éramos felizes e cientes,
Fruindo o amor e a juventude
Em dias memoráveis, inocentes,
Que tentei perpetuar enquanto pude!

Mas, cruéis, alguns quiseram apartar-nos
Ou foram simplesmente os ventos
Que em duas direções logram soprar-nos
Tornando desde então meus passos lentos

Pois que minha juventude desce a rampa
Dos precoces poetas decadentes
Que afinal não são a marca deste pampa...

E eis-me agora esta perdida castelã,
De sonetos doloridos e carentes
A tecer a interminável teia vã...
 

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