Dia a dia (de Alma Welt)
Desde aqui desta janela do nascente
Medito a vida e o mundo ao levantar,
Por um minuto vago, quase ausente
Antes da alma e o pé no chão pousar.
Desde aqui desta janela do nascente
Medito a vida e o mundo ao levantar,
Por um minuto vago, quase ausente
Antes da alma e o pé no chão pousar.
Depois de longo e talvez feio bocejo,
E mais comprido e menos feio espreguiçar,
Vou ao copo d’água e o gargarejo
Como quem daqui pra diante vai cantar...
Mas, sim, meu corpo canta o dia inteiro
Da enorme alegria de ser bela
E de haver tantas flores no canteiro.
Escrever... báh! é outro canto...
Que não sou senão pequena vela
A iluminar de noite o meu espanto...
E mais comprido e menos feio espreguiçar,
Vou ao copo d’água e o gargarejo
Como quem daqui pra diante vai cantar...
Mas, sim, meu corpo canta o dia inteiro
Da enorme alegria de ser bela
E de haver tantas flores no canteiro.
Escrever... báh! é outro canto...
Que não sou senão pequena vela
A iluminar de noite o meu espanto...
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