A Mulher do Capitão- litografia de Guilherme de Faria
Do capitão a noiva, sempre à espera,
Saudosa e com pudor de sua sede,
Ficava a contemplar sua galera
Como desenho pendurado na parede...
Báh! Como esperavam essas mulheres!
Aos ventos e poentes de esperanças
De eternos doces mal-me-queres
E de antigas primeiras contradanças...
Foram-se os tempos, já pouco esperamos
E lançamos nós aos mares nossas velas,
Que só a ver navios não mais ficamos...
Quanto a mim, mulher-poeta vou ao mundo
Mas carregando comigo todas elas,
Inclusive as que no porto vão ao fundo...
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