Flertamos amiúde com a loucura,
Nós aventureiros do entorno,
Que pra muitos isso não tem cura,
Despenhamos num abismo sem retorno.
Para nós o horizonte é desafio,
Pois a vida será sempre além dos montes,
E a nossa passarela é mesmo um fio
Que jamais reconhecemos outras pontes.
Nós que amamos, não a dor, mas o perigo,
Queremos atingir pontos mais ermos,
Muito, muito além do nosso umbigo.
Pois não há prisão mais dura que o ego,
“Nosso eu”, contradição em termos,
Pois o rei caolho é o maior cego...
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Imagem tradicional alterada por Guilherme de Faria
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