domingo, 7 de outubro de 2012

Nocaute (de Alma Welt)


                                        A Stag at Sharkey’s, 1917 -  litho de George Bellows

Nocaute (de Alma Welt)

A gente se aborrece, eis a verdade,
Por mais que a alegria procuremos,
E com ela a tal graça da bondade...
O fato é que do rumo nos perdemos.

Ninguém é de ferro, é muito chato
Ser lúcido integral e nunca bobo.
Os instintos afloram, isto é fato,
E rilhamos os dentes como um lobo.

E se não podemos dar tabefe
Vamos ver nos ringues o nocaute
De um peso pesado ou mequetrefe.

E torcemos, báh, como torcemos!
Para que a gana não nos falte
Para virar o jogo que perdemos...
 

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