quarta-feira, 10 de outubro de 2012

De não ouvir estrelas (Alma Welt)




 
De não ouvir estrelas (Alma Welt)

De manhã nascem os mais belos poemas,
Talvez só porque a vida se renove
E de tarde amadurece a duras penas
E à noitinha, é tristeza até as nove.

Mas à noite, profunda, dos amantes,
Tudo é sonho ou delírio, desvario,
E as estrelas, amigas inconstantes
São as conselheiras do desvio...

Não as ouçam, sob pena de loucura
Pois se esmeram em dar dúbios conselhos
Àquele duo que só amor procura.

Foi assim que os amantes de Verona
Tentaram o mergulho nos espelhos
De onde só a Morte vem à tona...
  

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