sábado, 13 de outubro de 2012

A prenda rubia (de Alma Welt)

                              O rosto de Alma Welt- detalhe da tela Alma Welt e Jonas no ateliê, de Guilherme de Faria 

 
A prenda rubia (de Alma Welt)

Quase nada me faltou pra pertencer

E ser completa nestes campos de coxilha
Onde os gáltchos põem água pra ferver
E derramam sobre o amargo que fervilha

E montados continuam pelos longes
Com seus ponchos sob frio de granizo
Como se ainda fossem ledos monges
Que cavalgam além do Dia do Juízo

No fim do fim do mundo infinito
Onde corre o gelado Minuano
Que há quem ainda pense ser um mito

Como esta “prenda rubia”, que sou eu,
Com forte teor luso açoriano
E poeta porque o Pampa me acolheu...

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