quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A Sibila (de Alma Welt)




                               A Sibila Líbica - Afresco de Michelangelo no teto da Capela Sistina

A Sibila (de Alma Welt)

As manhãs mal me devolvem ao real
Resgatada dos sonhos de outros mundos,
Que não dos medos o frio manancial,
A fonte de onde os meus são oriundos,

Mas de onde vaga meu espírito ao acaso
Galgando a estratosfera já sem ar
Ou então os altos montes Cáucaso
Onde todas as perguntas vão parar...

Pois quanto eu vou aí pelos espaços,
A partir do balançar em minha varanda
Ou do meu jardim em lentos passos!

E sempre de mim mesma uma sibila
Quando então meu coração desanda
Contando os versos sílaba por sílaba...
 

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