A Fugitiva de Babel (de Alma Welt)
Eu jamais fui trabalhar em Babilônia,
E acho a tal torre um grande porre.
Minha língua é portuguesa, de colônia,
E só com a da matriz, talvez, concorre.
Meus horizontes são vastos, infinitos
E permito meu olhar ir com o vento;
Sou tão afeita às lendas e aos mitos
Que, por isso, o meu passo é meio lento.
E porque a minha memória é o dia a dia,
Eu carrego este peso redobrado
De um presente eivado de passado...
No entanto, sou jovem... quem diria?
Não somente para efeito de poesia
Esta minha brancura ao sol do prado...
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18/02/2022
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