sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

A Fugitiva de Babel (de Alma Welt)


                                       A torre no prado - o/s/t de Guilherme de Faria, 2017, 30x40cm

A Fugitiva de Babel (de Alma Welt)

Eu jamais fui trabalhar em Babilônia,
E acho a tal torre um grande porre.
Minha língua é portuguesa, de colônia,
E só com a da matriz, talvez, concorre.

Meus horizontes são vastos, infinitos
E permito meu olhar ir com o vento;
Sou tão afeita às lendas e aos mitos
Que, por isso, o meu passo é meio lento.

E porque a minha memória é o dia a dia,
Eu carrego este peso redobrado
De um presente eivado de passado...

No entanto, sou jovem... quem diria?
Não somente para efeito de poesia
Esta minha brancura ao sol do prado...
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18/02/2022

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