Eu cubro a cabeça com a coberta,
Um recurso que parece a coisa certa,
Mas o qual, em criança eu não fazia...
Então logo conclamo as minhas forças
Pra cumprir este meu estranho ofício
De escolher as palavras como corças
À beira de um gelado precipício...
Por isso amo o orvalho na coxilha
Com a promessa de gelo que contém
Mesmo quando se desfaz na minha trilha.
Pois ainda que às vezes se rebele,
Hiperbórea minha alma se mantém
E ainda as neves cobrem minha pele...
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22/01/2021
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