Me vejo sempre entrando pelos canos,
Tentando, louca, só sair de uns locais
Embrulhada em jornais ou sujos panos.
"Alma, o que é isso?" (me disseram já alguns)
"Não reveles, por favor, isso a ninguém!
Seria como se contasses dos teus puns,
Não faria à tua imagem nenhum bem..."
Mas realista romântica que eu sou,
Que de quase nada mais tenho vergonha,
Celebro, pois, minha "onírica bisonha"...
Esse patético da humana condição
Me fascina e com ele monto o show,
Comediante do meu próprio coração...
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30/10/2020
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