As Parcas e o fuso de Ananke
Do necessário nasce o meu poema
E nunca de uma simples veleidade.
O soneto é bom quando não teima
Em se impor por tédio ou por vaidade.
Ananke é minha deusa universal
Que sobreviveu aos velhos deuses
E veio justo parar no meu quintal
Atravessando o Tempo desde Elêusis.
Necessidade é o que me põe ativa
E por isso me sinto tão carente
Do puro verso que me mantenha viva.
Sim, à deusa entrego meu destino
Cujo fio ela cortará co’o dente
Após tanto fiá-lo, assim tão fino...
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