As duas datas (de Alma Welt)
Quem saberá de mim, depois de tudo,
Quando meu tempo se encerrar
E não for mais que um leito mudo
Com sua cabeceira lapidar?
Duas datas debaixo do meu nome,
Sugestivas para alguns poucos talvez,
Que lembrem da obra e do renome
Da poetisa que teve sua vez...
Báh! Quanta risível veleidade
Sonhar assim ingenuamente
Com outra vida, sim, posteridade!
Mas sonhar foi toda a minha vocação,
Desde os devaneios vãos da mente
Aos delírios mais profundos da razão...
Quem saberá de mim, depois de tudo,
Quando meu tempo se encerrar
E não for mais que um leito mudo
Com sua cabeceira lapidar?
Duas datas debaixo do meu nome,
Sugestivas para alguns poucos talvez,
Que lembrem da obra e do renome
Da poetisa que teve sua vez...
Báh! Quanta risível veleidade
Sonhar assim ingenuamente
Com outra vida, sim, posteridade!
Mas sonhar foi toda a minha vocação,
Desde os devaneios vãos da mente
Aos delírios mais profundos da razão...
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