Litografia de Guilherme de Faria, do álbum Reflexos, 1978
Os véus (de Alma Welt)
Quanta súbita saudade da guria
Que fui, conquanto traga em mim
A sua ingênua crença na poesia
Como meio de manter a vida assim.
Assim, como? Assim, cheia de encanto
Como se fosse concebida e acabada
Em beleza oculta em cada canto
Ou como partitura a ser cantada.
“Não há nada mesmo fora de lugar
E nem há injustiça neste mundo;
Se tu sofres, é que em algo foste errar.”
E se eu via o mundo em perfeição
Mas já com certo medo lá no fundo,
Ai de mim, se os véus forem ao chão...
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