quinta-feira, 21 de junho de 2012

A sacerdotisa de Orfeu (de Alma Welt)



A sacerdotisa de Orfeu (de Alma Welt)

Acredito que não há pecado em mim
Se não tenho a intenção do mal.
Me perdoem afirmá-lo, é assim:
Para um puro coração tudo é normal


Desde que a bondade reja tudo
E a alma generosa se compraza
Até com a sorte do sortudo
E o jardim mais verde da outra casa.

Pois mesmo a santidade é acessível
Para uma prenda letrada como eu
Criada por um sábio inexcedível

Que experimentou forjar-me uma pagã
Votada ao culto arcaico de Orfeu,
Que lhes garanto não ser doutrina vã...

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