sábado, 2 de junho de 2012

Alma na geada- óleo s/ tela de Guilherme de Faria, 30x40cm

Geada (de Alma Welt)

No campo saio pela matinal geada,
Como vermelha e branca nave vou
Tendo na pele a sensação gelada
 Da noite que a pouco se afastou.

E sinto que sou parte deste mundo
Meio dúbio de orvalho congelado
Que tudo une e mistura neste prado
E o meu amanhecer torna fecundo.

Saber que a beleza aqui me ronda
Porque ela igualmente me aprecia
Põe em mim este sorriso Gioconda...

Quantos mais versos hei de escrever então!
Se pertenço a este mundo, em si poesia,
Quão fácil é germinar como um botão...
 

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