Bacante - desenho de Guilherme de Faria, 1968, (a pincel nanquim e ecoline s/ papel Ingres rosado, 48 x 62,5 cm), coleção Banco Central do Brasil, Brasília DF
Eu, Bacante (de Alma Welt)
Esta noite me sonhei como bacante
Largada após orgia, desfrutada
Pelos sátiros e faunos, triunfante
Da exuberante e lúdica noitada.
Magnífico pecado, a tal luxúria!
Entre os outros o nosso preferido,
De nós, que derivamos toda a fúria
Para o sexo total e pervertido.
Mas de súbito esvai-se essa pulsão
E tímida me vejo, e até covarde
Diante da espantosa compulsão...
Eis-me então somente uma guria
Perdida em sonhos, mesmo tarde,
Do príncipe encantado que viria...
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