Ai de nós, que mal sabemos onde estamos
Por só acalentar velhas certezas;
O capitão perdeu seus portulanos
E estamos ao sabor das correntezas...
Capitão, meu capitão, o barco afunda
Desde que deixamos nosso cais...
Nossos porões a água já inunda
E não ousamos nem olhar pra trás!
Um bote salva-vidas e à deriva
É o que havia de restar, eu bem sabia,
Logo mal agradecida de estar viva...
Nau frágil não é só o que apavora
Quando a navegante o ser se arvora,
Mas toda a amplidão que se anuncia...
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03/03/2017
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